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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Irmandade da Boa Morte: percepção africana da Igreja

 
Com o tema: “Senhoras da Morte: ancestralidade africana e culto à Virgem Maria no Recôncavo Baiano”, o Curso Conversando com a sua História, realizado pelo Centro de Memória da Bahia da Fundação Pedro Calmon/SecultBA, abriu nesta segunda, dia 1º,  o segundo semestre do Curso Conversando com a sua História . Iniciada às 17h, a  aula ministrada pelo professor cachoeirano Cacau Nascimento que esclareceu as dúvidas da platéia como também denunciou o descuido e o desrespeito atual ao culto da Irmandade. Firmando o valor etnográfico, religioso e a importância historiográfica do culto sobre a identidade africana no Brasil,  o professor  destacou o desenvolvimento econômico da Região Metropolitana, e, principalmente, o ‘turiscismo’ como fatos que contribuíram para a perca das tradições da Irmandade. “Com o desenvolvimento famílias importantes ao culto tiveram que migrar para outros estados. Além disso, antigamente as Irmãs da Boa Morte saiam na madrugada pelas ruas realizando rituais sagrados e logo após se recolhiam para o culto. Hoje saem para comer pizza com os turistas”, criticou Cacau Nascimento.

“A Irmandade da Boa Morte é extremamente importante para a comunidade afro-religiosa, pois, além de ser a única formada só por mulheres negras, é uma irmandade católica apostólica romana de cunho africano”, destacou o professor. O Curso ainda contou com a participação do historiador e diretor geral da Fundação Pedro Calmon, o professor Ubiratan Castro que destacou a importância histórica de se preservar a cultura dos povos por meio da escrita. "A Irmandade da Boa Morte como também outros cultos precisam além de utilizar a oralidade buscar preservá-los por meio da oralidade".

Promovido desde 2002 pelo Centro de Memória da Bahia, unidade da Fundação Pedro Calmon/SecultBA, o curso Conversando com a sua História oferece aulas gratuitas ministradas por diferentes historiadores e pesquisadores, ampliando olhares e perspectivas sobre aspectos relevantes da história da Bahia. O tema da próxima aula, que acontece no dia 8 de agosto, será “Patrimônio etnográfico e arqueológico dos terreiros de Candomblé de Salvador”, ministrado pelo professor Ademir Ribeiro Junior.

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